Presente desde a primeira edição do South Summit Brazil em 2022, a Meta chega ao South Summit 2025 para te atualizar sobre o que acontece em um dos principais eventos de tecnologia e inovação da América do Sul.
Primeiro dia de South Summit Brazil 2025
Tecnologia, reconstrução e o poder de transformar realidades
O South Summit Brazil chega à sua quarta edição, e Porto Alegre mais uma vez se transforma no epicentro da inovação na América Latina. Durante três dias, o Cais Mauá recebe mais de 23 mil pessoas entre especialistas, lideranças globais, startups, grandes empresas e fundos de investimento. Uma programação que reflete o amadurecimento do ecossistema de inovação brasileiro como um hub relevante no cenário internacional.
Criado em Madri e realizado anualmente no Brasil desde 2022, o South Summit vem crescendo em números, maturidade e relevância. Mais do que uma vitrine de tendências, o evento é uma plataforma de negócios que conecta diferentes perspectivas para gerar impacto real.
A edição de 2025 reflete um novo estágio de evolução do ecossistema empreendedor no país e consolida o South Summit como parte ativa dessa jornada — ajudando a construir o que vem depois.
Inovação com propósito: um novo ciclo para a tecnologia
O primeiro dia de evento reforçou que inovação, hoje, está menos ligada à novidade e mais conectada ao propósito. Tecnologias como inteligência artificial, automação e deeptechs já fazem parte das operações de empresas de todos os tamanhos, com foco em produtividade, autonomia e escala.
No painel sobre DeepTech, nomes como Thomas Bittar (Indicator Capital), Stephanie NG (Qualcomm Ventures) e Alexandre Mello (Big_bets) destacaram a importância de tirar a tecnologia do papel, cruzando visões técnicas e de negócios para gerar soluções escaláveis. A inteligência artificial, segundo eles, é uma das grandes fronteiras desse novo ciclo.
Na indústria, no agro e na saúde, a IA já atua como copiloto de decisões, otimizando processos e criando interações mais inteligentes com clientes e cidadãos. A discussão avança do “como usar” para o “como aplicar com impacto real”.
Experiências autônomas e a transformação da relação com o cliente
Em um mundo onde os consumidores estão cada vez mais digitais, conectados e imediatistas, as empresas precisam oferecer experiências que antecipem necessidades e eliminem fricções. A ascensão dos modelos de atendimento autônomos, assistentes digitais e jornadas baseadas em dados é uma resposta clara a esse novo comportamento.
Derek White (Galileo Financial Technologies) destacou que as interações — agora cada vez mais digitais — tornaram-se ativos estratégicos. Para ele, a experiência precisa ser fluida, inteligente e autônoma. A personalização deixou de ser diferencial: virou necessidade.
Tecnologia com impacto social e climático

Depois das enchentes que impactaram o Rio Grande do Sul em 2024, a temática da sustentabilidade ganhou protagonismo. A tecnologia se mostrou essencial tanto na prevenção quanto na reconstrução — por meio de soluções limpas, inclusão digital, gestão de riscos e serviços inteligentes.
Diego Puerta (Dell) apresentou exemplos concretos desse impacto, como os Solar Hubs, centros de energia limpa e conectividade implantados em comunidades da Amazônia e do Sul do país. A iniciativa mostra que, quando usada com propósito, a tecnologia é capaz de transformar realidades e ampliar o acesso a direitos básicos.
A mensagem foi clara: não existe futuro tecnológico viável sem responsabilidade climática e social.
Impacto social começa com acesso
Ao longo do dia, também emergiu uma mensagem potente: o impacto começa com acesso. Educação digital, inclusão produtiva e investimento em pessoas foram apontados como pilares estruturantes para um ecossistema de inovação verdadeiramente transformador.
Tarciana Medeiros (Banco do Brasil) e Monique Evelle (Inventivos) destacaram que é preciso mais do que desenvolver tecnologia — é essencial garantir que ela chegue às mãos certas, nos lugares certos. Inovação que transforma é aquela que também compartilha.
Liderança com propósito e o futuro do trabalho
O painel com Malu Weber (Bayer), Roberta Knijnik (Intel), Tatiana Glad (Impact Hub Network) e Chris Roeabordou como a liderança precisa evoluir para gerar impacto real. A escuta ativa, o trabalho colaborativo e a coerência entre discurso e prática foram destacados como pontos-chave para construir ambientes mais inclusivos.
Segundo Roberta, não se constrói impacto sozinho — é preciso parceria, representatividade e ação. Malu completou: “A melhor liderança é aquela que entende, escuta e age com base no que o outro precisa”.
Criatividade, conexões e o sentido de comunidade
Além dos painéis técnicos, o evento trouxe reflexões sobre o papel da criação de conteúdo, das redes sociais e da economia criativa na construção de comunidades mais conscientes. Se os algoritmos moldam nossas relações, é preciso atenção: inovar também significa reconectar.
Hoje, criar valor está cada vez mais associado à criação de vínculos. Seja no digital ou no presencial, nas startups ou nas grandes corporações, conectar-se com o outro segue sendo o ato mais revolucionário da inovação.
Tendências que conectam experiências
A programação também trouxe temas como imersão digital, tendências do e-commerce impulsionadas por IA e o papel da inclusão na construção de futuros mais justos. Um dos momentos mais simbólicos do dia foi o South Generation, que reuniu mais de 3 mil jovens de projetos sociais para uma tarde de descobertas no ecossistema da inovação. Uma geração que já nasce conectada com propósito.
Segundo dia de South Summit Brazil 2025
Liderança, propósito e o papel da inteligência artificial no futuro dos negócios
O segundo dia do South Summit começou com um convite à reflexão sobre liderança e adaptabilidade. Em sua palestra, Ed Soo Hoo (Lenovo) apresentou o conceito de Vuja De — enxergar o familiar com novos olhos — e propôs uma nova visão sobre o papel das lideranças em tempos de incerteza.
Com metáforas visuais, referências da cultura pop e provocações estratégicas, Ed reforçou que o “business as usual” já não existe. Liderar no mundo atual exige coragem, autenticidade e atitude — em um cenário onde geopolítica, IA, sustentabilidade e disrupção se entrelaçam todos os dias.
Mobilidade e sustentabilidade: um caminho em construção
Em um painel com Cristiana Arcangeli e Pablo Toledo (BYD), a mobilidade foi tratada como um campo fértil para inovação com propósito. A eletrificação de veículos, os desafios de infraestrutura para longas distâncias e a educação do consumidor foram pontos centrais.
Para eles, inovação não é só sobre seguir tendências — é sobre antecipá-las. E o futuro da mobilidade será construído por marcas que respeitam o consumidor, têm propósito global e apostam em soluções sustentáveis.
Liderança consciente: agir é mais importante que prometer
Um dos momentos mais emocionantes do dia veio com Luiza Helena Trajano (Magalu) e Alcione Albanesi (Amigos do Bem). Ambas reforçaram que não basta se indignar — é preciso agir. E que a responsabilidade social das empresas começa dentro de casa, combatendo desigualdades e criando vínculos genuínos com colaboradores.
Luiza resumiu: “As pessoas não querem mais trabalhar apenas para enriquecer o dono. Elas querem fazer parte de algo maior.” O ESG, nesse sentido, deixa de ser tendência e se torna questão de sobrevivência.
IA na América Latina: democratizar para transformar

No painel com Verônica Serra, Paula Bellizia (AWS) e novamente Luiza Helena Trajano, a inteligência artificial foi tratada como força transformadora — desde que usada com responsabilidade.
Paula destacou que a IA não é novidade, mas o que estamos fazendo com ela agora é profundamente disruptivo. O desafio está em capacitar pessoas, eliminar vieses e garantir que a tecnologia seja acessível a todos — inclusive à base da pirâmide.
Luiza foi enfática: “A IA não vai tirar o seu lugar. Mas vai tirar quem não quiser aprender a usá-la.” A chamada é para que empresas liderem esse processo de transformação de forma inclusiva e intencional.
Venture capital: além do investimento financeiro
A nova geração de investimentos em inovação mostra que capital é só o começo. Nos painéis sobre venture capital, a conversa girou em torno do papel estratégico que investidores têm assumido no crescimento das startups. Mentoria, acesso a redes qualificadas, conexões com empresas e apoio prático à tomada de decisão tornaram-se tão valiosos quanto o próprio investimento financeiro.
O dia a dia de um empreendedor pode ser solitário, e muitos dos desafios enfrentados se repetem entre diferentes negócios. Por isso, criar espaços de troca entre founders, investidores e parceiros é essencial para acelerar soluções e evitar erros já enfrentados por outros. Foi nesse contexto que Liz Fleming, Global Head of Ecosystem do South Summit, afirmou: “se você constrói o relacionamento, o negócio acontece.”
A relevância das conexões foi reforçada por Fernando Fabre, CEO da Kauffman Fellows, ao afirmar que o sucesso dos grandes líderes de hoje não se mede mais pelo dinheiro que acumulam, mas pela influência que geram. O recado é claro: o valor está nas pessoas — e no poder transformador dos encontros certos, na hora certa.
Entre conexões e provocações
O segundo dia deixou claro: inovação não é sobre tecnologia pela tecnologia. É sobre mudar vidas. E para isso, é preciso colaboração, diversidade, uso consciente da inteligência artificial e, acima de tudo, ação.
Terceiro dia de South Summit Brazil 2025
Inteligência Artificial: entre a disrupção e a empatia
A inteligência artificial esteve no centro das discussões, não apenas como uma ferramenta de eficiência, mas como um agente de transformação social. No painel “AI at Work”, Ricardo Rocha (CEO da acaso), Robson Rodrigues (Conselheiro de Tecnologia da Gupy), Renan de Almeida (CEO da Factorial HR) e Juliana Park (CEO da HR Experience Brasil) destacaram como a IA está redefinindo empregos, habilidades e estratégias de negócios, enfatizando a necessidade de adaptação e aprendizado contínuo.
As empresas e as pessoas precisam utilizar a IA como habilitadora dos humanos, uma forma de trazer mais produtividade e fazer com que utilizemos o tempo a favor da criatividade e proatividade.
Educação e inclusão: preparando talentos para o amanhã
Ainda falando sobre a inteligência artificial como habilitadora das pessoas, entende-se que a educação e o letramento são essenciais para que todos se adaptem da melhor forma às novas tecnologias. A transformação do mercado de trabalho exige uma revolução na educação. No painel “Future-Proofing Talent”, líderes educacionais discutiram estratégias para preparar profissionais resilientes e adaptáveis, capazes de enfrentar os desafios de um mundo em constante mudança.
Complementando essa visão, o painel “Letramento Digital” abordou a importância de capacitar indivíduos para navegar e prosperar em um ambiente digital, destacando a inclusão como pilar fundamental para o progresso coletivo. Não há evolução sem inclusão, não há espaço para padrões.
Sustentabilidade e mobilidade: caminhos para um futuro verde
A sustentabilidade permeou as discussões, especialmente no contexto da mobilidade. No painel sobre o impacto da eletrificação de veículos no Brasil, especialistas como Silvio Rotilli Filho (CEO da Auper), Fabio Santos (Diretor Técnico do DETRAN-RS) e Marcus Coester (CEO Aeromóvel Brasil) enfatizaram que a transição para veículos elétricos vai além da tecnologia; é uma mudança cultural e estrutural que requer colaboração entre governo, empresas e sociedade para criar soluções eficientes e sustentáveis.
Esse avanço precisa acontecer de forma sustentável, expandindo a estrutura e educando as pessoas, para que consigamos transformar a indústria como um todo. Serão décadas de estudo, dedicação e testes nesse tema, mas já estamos avançando em cada passo da evolução.
Cultura e inovação: marcas como agentes de transformação
O painel “Culture Capital” explorou como marcas podem ir além da visibilidade, tornando-se catalisadoras de conversas significativas e impulsionando mudanças culturais. Mariana Gutheil (CEO da No One), Paula Sayão (CMO do Banco do Brasil), Marcio Callage (CMO da Vulcabras) e Luisa Martini (CEO da Obvious) discutiram estratégias para alinhar propósito e inovação, reforçando o papel das empresas na construção de um futuro mais consciente.
A conversa reforçou que empresas com propósito claro e ação coerente podem liderar movimentos culturais, influenciar mentalidades e contribuir para um futuro mais consciente — transformando seus próprios mercados e a sociedade ao redor, impactando todas as pessoas.
O que move as novas gerações?

No painel que encerrou o dia no palco The Next Big Thing, um tema antigo ganhou novas camadas: o conflito entre gerações no ambiente de trabalho. De um lado, a geração que cresceu obedecendo, reconhecendo hierarquias rígidas e modelos de comando-controle. Do outro, uma nova leva de talentos, como a Gen Z, que enxerga o trabalho de forma horizontal e conversa com o CEO como quem troca ideias com um colega de time.
O modelo de comando e controle já não dá conta de engajar. As novas gerações exigem (e constroem) estruturas mais descentralizadas, abertura para diálogo e, principalmente, propósito. Mas descentralização não significa ausência de liderança. Pelo contrário: exige líderes ainda mais preparados, com inteligência emocional, capacidade de inspirar e clareza de propósito.
Como destacou Luciano Freitas, (Mind Hack Lab): “Sem porquê, não há como.” Mais do que salários, o que move times é o sentido do que estão construindo juntos. Propósito é o que transforma uma tarefa em missão. A liderança do futuro não está no controle, mas na capacidade de inspirar.
Encerramento: inovação com propósito
O South Summit Brazil 2025 se despede reafirmando que a verdadeira inovação é aquela que conecta pessoas, promove inclusão e constrói pontes para um futuro mais justo e sustentável. Porto Alegre se consolida como um polo de ideias transformadoras, onde tecnologia e humanidade caminham lado a lado na jornada da inovação.
E o maior evento de inovação do sul do país chegou ao fim. O South Summit Brazil volta a Porto Alegre em 25 a 27 de março de 2026.
Cobertura da Meta no South Summit 2025
Fique atento ao blog da Meta. Amanhã tem mais cobertura do South Summit 2025!
Enquanto isso, quer relembrar como foi os últimos dois anos? Confira aqui a cobertura da edição do South Summit Brazil 2023 e South Summit Brazil 2024.