Décadas atrás, líderes e gestores acreditavam que bons salários e recompensas materiais eram suficientes para manter seus funcionários satisfeitos e produtivos. No entanto, a evolução do ambiente corporativo e os avanços nos estudos de recursos humanos, psicologia e neurociência mostraram que essa visão é limitada. Para garantir uma experiência do colaborador positiva, é preciso ir além da remuneração justa.
De acordo um estudo da Harvard Business Review, melhorias na experiência do colaborador podem gerar um crescimento superior a 50% na receita de uma empresa. Considerando esse dado, fica claro que investir nas pessoas é essencial. Vamos, então, ao ponto principal: compreender o que é e como implementar uma estratégia de employee experience em sua empresa.
A implementação tem se mostrado crucial para melhorar a retenção de talentos, fomentando um ambiente de trabalho que prioriza o crescimento pessoal e profissional dos colaboradores. Isso não só reduz as taxas de turnover, como fortalece a cultura organizacional e aumenta a produtividade.
A experiência do colaborador busca implementar ações que realmente aprimorem o dia a dia e o engajamento das pessoas na organização, avaliando a qualidade dessas interações com foco na manutenção de uma equipe engajada e produtiva. Fatores como equilíbrio entre vida pessoal e profissional, interações com colegas, tecnologia adotada, liderança, cultura organizacional, e oportunidades de desenvolvimento desempenham papéis cruciais nesse processo.
O que é Employee Experience?
Esse é o conceito central de employee experience, do inglês “experiência do colaborador”: a motivação nasce, principalmente, da valorização do indivíduo e de seu posicionamento como peça fundamental na engrenagem da empresa. Ampliando essa noção, podemos dizer que as pessoas precisam ser constantemente estimuladas e incentivadas em sua criatividade, capacidade de tomada de decisões e habilidade de aceitar novos desafios ou tarefas, mantendo-as sempre interessadas em realizar as atividades que lhe são confiadas.
Não é por acaso que o termo “experiência” foi escolhido, afinal, o que conta é como o colaborador vivencia o ambiente cotidiano de trabalho e como ele se vê inserido nesse ecossistema. E claro, como essa vivência repercute no seu rendimento no dia a dia.
Nos últimos anos, especialmente depois do isolamento social, que resultou num aumento exponencial no uso das mais recentes tecnologias, as pessoas questionam seu valor e seu papel. Nas redes sociais e em fóruns de internet, a pergunta mais frequente (às vezes deixa de ser pergunta e vira uma afirmação mesmo) é: “seremos substituídos por softwares e bots muito em breve?”. Esses rumores constantes têm gerado estresse e contribuído para o aumento de ansiedade e desmotivação em várias companhias e setores.
Pesquisas recentes, como a do Gartner, indicam que somente 13% das pessoas estão totalmente felizes em seus locais de trabalho. A preocupação é que esse índice caia ainda mais com o surgimento de softwares “revolucionários” que tomaram conta das conversas até mesmo fora do cenário empresarial.
Mais do que nunca, é preciso buscar a melhor forma de conduzir as etapas de evolução do colaborador na companhia, do onboarding à promoção ou plano de carreira, evitando o passo menos conveniente para todos: o offboarding. E é nesse momento que a gestão estratégica de pessoas entra em ação, promovendo a retenção de talentos e garantindo que cada etapa da experiência do colaborador seja pensada de forma a maximizar a produtividade, o bem-estar e o desempenho positivo no dia a dia.
Uma vivência positiva pode levar a um maior engajamento, produtividade e retenção de talentos. Já uma experiência negativa pode resultar em desmotivação e alta rotatividade, com taxas de turnover acima da média. As empresas que investem na melhoria contínua da experiência do colaborador tendem a ser mais inovadoras e competitivas por reconhecerem que as pessoas são um dos seus principais recursos.
Qual a importância da gestão estratégica de pessoas nas organizações?
Conforme a McKinsey, aproximadamente 10% da força de trabalho se classifica como “desistentes”, que estão insatisfeitos e propensos ao desgaste. Já 11% dos colaboradores são “disruptores”, cujos baixos níveis de satisfação podem impactar negativamente seus colegas. O grupo dos “levemente desengajados” representa cerca de 32% da força de trabalho, exibindo comprometimento e desempenho abaixo da média.
Em torno de 5% das pessoas atuam em “múltiplos empregos simultâneos”. Por outro lado, 38% se enquadram como “confiáveis e comprometidos”, dispostos a ir além em seus papéis, enquanto apenas 4% são “prósperos”, trazendo valor excepcional e enfrentando riscos de burnout.
Nesse cenário, a aplicação de estratégias de employee experience ganha importância. Há diversas disponíveis e comprovadamente eficientes, mas a aplicação correta delas, dentro de cada contexto corporativo, depende também de uma orientação adequada e do uso das ferramentas certas. Nesse panorama de novas tecnologias, muitas empresas contam com o apoio de HRtechs, startups que focam especialmente na experiência do colaborador ao longo de sua jornada. Algumas são especialistas em onboarding, outras em recrutamento e seleção, outras em comunicação interna, e assim, as empresas complementam toda a jornada dos colaboradores no negócio.
Porém, de forma geral, todas se voltam para a experiência das pessoas propriamente ditas, a qual engloba o engajamento, mas não se restringe a isso. Centra-se no indivíduo humano, suas necessidades e aptidões, considerando, entre outros fatores, a estimulação do desempenho do funcionário por meio de três elementos que se complementam: o ambiente físico de trabalho, a cultura organizacional e, particularmente, o uso das tecnologias para a transformação e evolução digital, que posiciona as pessoas no centro de todos os processos.
Diferente do que se pensa, as ferramentas tecnológicas modernas não têm como objetivo substituir as pessoas, essas tecnologias são habilitadoras, projetadas para facilitar o cotidiano dos colaboradores. Elas automatizam tarefas repetitivas e processuais, permitindo que os profissionais se concentrem em atividades que exigem habilidades cognitivas e adaptativas.
Essas ferramentas oferecem suporte essencial para funções que envolvem tomada de decisões complexas, customização e aprimoramento de sistemas e práticas. Além disso, possibilitam criar meios e recursos, promovendo a inovação e a evolução contínua no setor em que atuam. Dessa forma, a tecnologia se torna uma aliada essencial no desenvolvimento e na maximização do potencial humano nas empresas.
A aplicação conjunta desses elementos, alinhada a uma gestão estratégica da equipe, resulta numa redução da perda de talentos, da saída por problemas de saúde, incluindo o temido burnout, e da desmotivação de profissionais dos mais diversos âmbitos e escalas hierárquicas. Mas de que forma podemos utilizar employee experience tirando o máximo proveito da experiência e com o suporte de startups especializadas? Como elas ajudam a responder essas perguntas que preocupam e causam dores nos colaboradores, lideranças e parceiros de projetos? Vamos analisar desde os primeiros passos.
Como fazer um bom recrutamento e seleção de pessoas eficiente?
Antes de mais nada, é importante realizar um planejamento prévio do recrutamento: os perfis profissionais e pessoais dos candidatos devem estar bem definidos, evitando o recebimento de currículos fora do padrão do que a empresa precisa. Isso não só otimiza o processo seletivo, mas evita uma má impressão em profissionais interessados em fazer parte do quadro de colaboradores, o que é crucial para uma gestão estratégica de pessoas eficaz.
Como ressalta Bruno Duarte, Gerente de Pessoas e Performance da Meta, devemos “constantemente compreender e propor melhorias para os pontos de dor, e entendemos o colaborador, o possível colaborador e o ex-colaborador”. Ele acrescenta: “quando olhamos para a jornada, consideramos a pessoa que vai nos procurar até a pessoa que sairá de forma humanizada, evitando o preenchimento de formulários extensos e outras ações desgastantes que comprometem a experiência do colaborador em qualquer ponto da jornada”.
Para isso, as empresas precisam contar com plataformas, aplicativos e outros recursos tecnológicos para organizar o processo de acordo com as seguintes fases:
- Inscrição rápida e prática: o candidato deve apenas fazer o upload do currículo, gastando o mínimo de tempo possível e sem ter que enviar seus dados e reintroduzi-los novamente num campo de preenchimento de informações pessoais. Causar uma boa impressão num momento inicial pode ser de grande valia para atrair talentos.
- Automatização do hunting: conte com a tecnologia em recursos humanos para “caçar” os profissionais que mais se encaixam com o que a empresa procura naquele momento. Há startups que em algumas horas, por meio de estratégias e high tech, inclusive algoritmos e smart tools, já são capazes de encontrar no LinkedIn, Github e outros meios, os possíveis futuros colaboradores.
- Difusão automatizada e simultânea das vagas: utilize a omnicanalidade também para a divulgação de oportunidades na companhia.
- Sites e páginas da empresa sempre atualizados: mantenha tudo em dia, exponha a cultura organizacional no site (use o item “quem somos”,por exemplo), deixe claro através de textos e imagens como é o ambiente de trabalho, auxiliando o candidato a ver se pode haver um “match” profissional com a empresa.
Assim que já tiver a lista de candidatos, utilize recursos tecnológicos dirigidos à análise de pessoas para uma predição profissional e psicológica dos profissionais inscritos. Use perguntas abertas, rápidas e objetivas que possam agilizar e tornar ainda mais preciso o trabalho do recrutador.
Após esta fase, assim como nas entrevistas, é possível (e muito útil) recorrer ao feedback empático e respeitoso, especialmente com candidatos não selecionados. Lembre-se de que a experiência do funcionário (employee experience) se dá também com profissionais que eventualmente não farão parte da sua equipe naquele momento, mas que levarão consigo as impressões que tiveram durante a seleção (e podem comentar a respeito da experiência positiva que tiveram durante o processo).
E quanto ao resto da jornada do colaborador? Como tornar as experiências positivas ao longo do onboarding, desenvolvimento e na gestão de engajamento? Aqui estão algumas sugestões para aplicar em empresas de diversos setores.
Como realizar um onboarding estratégico e eficiente?
A chegada de um novo colaborador envolve a integração dele no ambiente de trabalho, na cultura da empresa e em cada equipe com a qual deverá interagir. Não são poucas tarefas, afinal. Por isso, é uma ótima ideia começar antes mesmo desse primeiro dia: organize e personalize as atividades iniciais, disponibilize vídeos explicativos, documentos e canais de comunicação imediata com setores importantes nesse processo, como o de recursos humanos.
Os três meses de experiência também não devem ser motivo de angústia para o novo colaborador, mas de entrosamento rápido e agradável. Feedbacks e trocas frequentes, facilitadas por plataformas específicas, incluindo uma plataforma de comunicação própria da companhia são algumas iniciativas. Nessa plataforma, os colaboradores mais antigos podem também cooperar no processo de acolhimento, de forma que todos estejam em sintonia para os resultados serem alcançados de forma positiva e o desempenho da empresa seja cada vez melhor, já que agora tem mais um profissional para auxiliar nessa caminhada.
Além das universidades corporativas, metodologias ágeis que contam com microlearning e até gamificação têm demonstrado alta eficácia no treinamento dos novos profissionais. Mas podemos dizer que é mais do que isso: reduz-se o tempo gasto com o aperfeiçoamento profissional e entrosamento, aumenta-se a produtividade, a motivação e, ao mesmo tempo, poupamos o trabalho dobrado de gestores e líderes.
Em outras palavras, o acesso a tecnologias de onboarding, baseadas em princípios ágeis e voltados para a transformação e evolução digital, melhoram a experiência de imersão à cultura da empresa, incluindo processos, práticas e valores. Esse benefício libera as lideranças para realizar um acompanhamento mais próximo do novo colaborador, dedicando mais tempo a realizar trocas em diálogos individuais, compartilhamento de feedbacks e outras atividades relacionadas.
E o desenvolvimento, de que forma participa da Employee Experience?
Primeiramente, vamos ao conceito de desenvolvimento. Consiste na evolução do colaborador ao longo do tempo, não apenas para o exercício da sua função, mas para a manutenção de um aprendizado constante, apoiado pelo ambiente em que trabalha. O objetivo aqui é construir conhecimentos consistentes, obtidos através da prática laboral e do aprendizado de novas competências, seja numa universidade corporativa, instituição de ensino externa ou mesmo pelos recursos oferecidos pela empresa.
Nesse sentido, o desenvolvimento abrange também a interação com colegas de diversos setores, trocas e feedbacks de líderes e, principalmente, a oportunidade de se aperfeiçoar e descobrir os novos métodos, ferramentas de employee experience e técnicas no mercado.
Para o desenvolvimento ser eficaz e visível no cotidiano do profissional, o suporte de líderes e da própria cultura da empresa é essencial e, para somar, hoje dispomos de diversos recursos que colaboram nesse processo. Startups especializadas oferecem auxílio para a implantação de universidades corporativas, com programas específicos para a aquisição de habilidades necessárias para uma atualização de conhecimento dos colaboradores.
Essas capacidades incluem treinamentos para se familiarizar com normas reguladoras, uso de novas tecnologias e interação com colaboradores remotos. Na era da IA e de tantos softwares e aplicativos voltados para a transformação e evolução digital, esse é um ponto-chave também para o aumento da produtividade, sem deixar de lado a realização de cada profissional integrado.
Em geral, a implementação de recursos de IA com o apoio de startups especialistas no assunto gera uma melhoria na experiência de aprendizagem, o que consequentemente produz um maior engajamento e motivação no colaborador. Isso acontece porque os conteúdos são direcionados conforme o perfil do profissional e as aptidões que ele pretende ampliar para se sentir ainda mais eficiente e capaz de atender às necessidades do cargo que ocupa. E outro fator importante: o autodesenvolvimento estimula o olhar crítico em relação aos desafios que podem surgir e favorece a elaboração de estratégias de employee experience que beneficiam a companhia.
Assim como os processos mencionados até o momento, a escolha das startups que podem cooperar na implementação dessas ferramentas de employee experience também deve ser responsável e consciente. Como afirma Marcio Flôres, Head da Meta Ventures: “A maioria das startups consegue oferecer soluções satisfatórias para um problema bem definido, ou que não possui um escopo abrangente. Então, é importante considerar fatores como a integração entre os sistemas da empresa e cada uma dessas soluções.”
Desse modo, a seleção das HRTechs, startups que conduzem os processos de recrutamento, onboarding, desenvolvimento e comunicação interna, deve ser realizada de forma minuciosa, atenta às necessidades da empresa e dos colaboradores.
Marcio Flôres ainda afirma que por meio dessa escolha em implementar HRTechs na jornada do colaborador, a Meta disponibiliza para as pessoas, com a utilização das soluções das startups parceiras, “ferramentas para seu desenvolvimento pessoal, acesso a outros conteúdos e especializações profissionais para o futuro da sua carreira”. Além disso, o segundo ponto importante apresentado pelo Head da Meta Ventures é a facilitação da comunicação interna
Para garantir que o desenvolvimento seja eficaz e alinhado com as expectativas da empresa, é crucial que os líderes não apenas apoiem, mas que se envolvam ativamente no processo de capacitação dos colaboradores. A integração entre o suporte dos líderes e o uso de ferramentas de desenvolvimento, como as oferecidas pelas startups, têm um impacto direto na experiência das pessoas. Líderes que participam de forma ativa e engajada proporcionam um ambiente em que o feedback é constante e construtivo, enquanto as ferramentas tecnológicas adaptadas às necessidades dos funcionários facilitam um aprendizado mais personalizado e eficiente.
Nesse contexto, a transformação digital emerge como um elemento fundamental, indo além de simplesmente implementar a tecnologia para focar em simplicidade e inovação voltadas para as pessoas. Assista nosso vídeo e entenda como a disrupção pode trazer clareza, objetividade e resultados excepcionais.
A facilidade na comunicação interna a serviço da Employee Experience
Comunicar dores e problemas do cotidiano é um dos pontos-chave da employee experience. Tanto na parte do colaborador quanto do comitê executivo da empresa, a troca constante não só é necessária como vital para a saúde da companhia.
Um canal direto para relatar falhas e desafios é crucial para solucionar problemas de forma ágil. Esse recurso ajuda a identificar e lidar com questões que interrompam o fluxo de trabalho. Com um sistema eficaz de comunicação, é possível evitar atrasos nas entregas e reduzir a perda de produtividade. Além disso, a transparência na identificação e resolução de problemas facilita a introdução de inovações e avanços necessários para a transformação digital.
Bruno Duarte dá sugestões e explica como acontece esse processo na Meta: “é possível usar pesquisas de gestão de engajamento, como uma pesquisa interna que ouça semanalmente as dores internas dos profissionais, o que permite mapear os pontos de dores com eficácia e realizar um planejamento constante com base nas informações colhidas”. Nesse sentido, afirma Bruno, “observa-se o que é possível fazer para melhorar e, então, apresenta-se à empresa inteira para os avanços serem efetuados”.
Portanto, essa agilidade no diálogo e fluxo multidirecional de informações é muito útil também do ponto de vista da jornada do colaborador. A conversa fluida e sem embaraços “top down” e dos profissionais para seus líderes constrói um clima de confiança no ambiente corporativo, diminui os índices de turnover ou mesmo absenteísmo, fortalece a employer branding, entre muitas outras vantagens.
E a Meta dá mais exemplos de como isso pode ocorrer nas empresas. Segundo Marcio Flôres, “os recursos das startups aplicados ao dia a dia, ajudam o colaborador a se sentir parte real daquele ambiente corporativo, porque ele pode compartilhar o que está pensando, o que está construindo, ao mesmo tempo que se integra plenamente com seu time, independente de estar em trabalho remoto”.
Superando pesquisas voltadas apenas para o clima, os levantamentos de engajamento têm se mostrado abrangentes e essenciais. Esses recursos estão disponíveis em softwares e aplicativos oferecidos por startups e fornecem mais do que informações sobre satisfação — funcionam como um termômetro para identificar possíveis dificuldades e agir rapidamente.
O time de gestão, por exemplo, pode verificar prontamente alguns desafios como desmotivação, nível de imersão no trabalho e percepções negativas por parte de colaboradores. Assim, é possível elaborar imediatamente um plano de ação.
Além da importância de um sistema eficaz de comunicação interna para a resolução ágil de problemas e a promoção de um ambiente colaborativo, é essencial destacar o impacto positivo que essa comunicação tem na construção de uma cultura corporativa sólida e inclusiva. Quando os colaboradores percebem que suas opiniões são valorizadas e suas preocupações são abordadas de maneira efetiva, isso fortalece o engajamento e a lealdade à empresa.
A implementação de ferramentas tecnológicas, como plataformas de feedback em tempo real e sistemas de reconhecimento de desempenho, pode ampliar ainda mais essas práticas, permitindo uma resposta rápida e personalizada às necessidades dos colaboradores. Esse tipo de abordagem não apenas melhora a experiência das pessoas, mas ajuda a criar um ambiente de trabalho mais coeso e motivador, onde a inovação e a melhoria contínua são incentivadas e valorizadas.
Nesse cenário, qual o papel da liderança na gestão de pessoas?
Diante dos feedbacks, percepções e cotidiano dos colaboradores, especialmente se a empresa conta com o auxílio de recursos tecnológicos fornecidos pelas startups em parceria, qual o papel do líder? Quais são as funções que deve desempenhar tanto em situações positivas quanto nas negativas?
Vamos observar o primeiro caso. Não somente os colaboradores estão satisfeitos e motivados, mas o fluxo de entregas ao cliente está em dia. É neste momento que a liderança deve agir para manter essa qualidade tanto no âmbito profissional quanto na experiência do colaborador. O engajamento e entusiasmo, ainda que estejam em seu nível máximo entre as pessoas, são elementos bastante mutáveis e precisam ser “alimentados” constantemente.
O líder que se coloca à disposição e se mantém receptivo às sugestões de inovação, acolhe iniciativas de colaboradores e não se posiciona como detentor da tomada de decisão de tudo o que diz respeito ao andamento da empresa. Os membros do comitê executivo estão constantemente atentos aos KPIs e às diversas possibilidades e recursos disponíveis para engajar ainda mais os times e favorecer o florescimento de talentos e competências que podem trazer ainda mais benefícios.
No segundo caso, o líder deve compreender as dores do colaborador, assim como faz com o cliente, pois ambos são elos importantes da cadeia de valor e de entregas da empresa. É necessário sempre considerar a complexidade humana e suas demandas pessoais. Assim, o líder deve descobrir a raiz do “desencanto” do colaborador e, juntamente com ele, encontrar caminhos para resolver possíveis entraves ou dificuldades que estejam atuando contra a produtividade e o bem-estar daquele membro da equipe.
A pessoa responsável pela gestão não deve recorrer à culpabilização ou à intimidação, pelo contrário. Deve chegar ao motivo do problema, oferecendo novas oportunidades e desafios, reafirmando a confiança no talento de seus liderados, flexibilizando fluxos intensos de trabalho e reconhecendo a evolução profissional de cada um.
Em casos de times desanimados, é necessário promover a autonomia profissional sem perder de vista a cooperação e a confiança entre todos. Aliado às ferramentas de transformação digital, inclusive no cenário interno, o líder torna-se apoio, inspiração e acolhimento até mesmo nos momentos mais desafiadores.
Com isso, o gestor deve também se concentrar em desenvolver uma cultura de aprendizado contínuo e resiliência na equipe. Em um ambiente de trabalho que enfrenta desafios, investir em programas de capacitação e em oportunidades de desenvolvimento pessoal pode ajudar os colaboradores a se adaptarem às mudanças e a superarem obstáculos. Implementar iniciativas que promovam o crescimento pessoal e profissional não só motiva as pessoas, mas fortalece a capacidade da equipe de se reinventar e inovar frente a adversidades.
Além disso, a utilização de ferramentas analíticas para monitorar o clima organizacional e o desempenho da equipe pode fornecer informações valiosas sobre áreas que necessitam de atenção. O líder deve usar essas informações para ajustar estratégias e práticas de gestão, garantindo que a equipe se mantenha alinhada com os objetivos da empresa e se sinta apoiada e valorizada. Com uma abordagem equilibrada que combine apoio, desenvolvimento e inovação, o líder pode enfrentar tanto os altos quanto os baixos da gestão de pessoas de maneira eficaz, promovendo um ambiente de trabalho resiliente e adaptável.
Employee Experience, transformação digital e produtividade: uma não vive sem a outra
Já vimos aqui, através de todos os exemplos e observações a respeito desse importante tema “jornada do colaborador”, o quanto o bem-estar e a motivação de todos os profissionais envolvidos na entrega de resultados e serviços é fundamental para qualquer empresa.
Por sua vez, vimos que a retenção de talentos, a produtividade e a redução de fatores negativos, como absenteísmo, estão diretamente ligadas às opiniões, aos desafios e sentimentos dos colaboradores, repercutindo fortemente na empresa na totalidade, inclusive fora dela. As boas ou más impressões causadas por uma empresa em seus candidatos a colaboradores e parceiros vai muito além do ambiente de trabalho.
Para garantir o bom funcionamento dessa engrenagem, hoje podemos contar com empresas especializadas que proporcionam ideias e recursos para melhorar qualquer uma das etapas que não esteja atingindo seu melhor desempenho. Mas ainda melhor, é que as startups voltadas para esse nicho ajudam também a promover uma mudança significativa por meio de ferramentas como a inteligência artificial e softwares para treinamentos especiais, comunicação interna e fluxos de trabalho mais ágeis.
A combinação dos três fatores, bem-estar do colaborador, tecnologia e alto rendimento, resulta em uma série de benefícios que vão desde a motivação dos profissionais até a entrega de qualidade, assegurando a boa reputação da empresa, seu reconhecimento e destaque no mercado.
Para maximizar os benefícios dessa combinação, é essencial que as empresas adotem uma abordagem integrada que alinhe suas estratégias de employee experience, transformação digital e produtividade. Isso requer não apenas a adoção de tecnologias avançadas, mas a atualização constante das práticas de gestão e desenvolvimento para garantir o uso eficaz dessas ferramentas. As HRTechs oferecem soluções personalizadas que permitem monitorar e ajustar a experiência do colaborador em tempo real, promovendo um ciclo de feedback e melhoria constante.
A adoção de soluções digitais precisa ser acompanhada por uma cultura organizacional que valorize a inovação e incentive o feedback dos colaboradores. Criar um ambiente em que a tecnologia e o bem-estar se encontram, pode transformar a maneira como a empresa opera, permitindo um fluxo de trabalho mais eficiente e uma maior satisfação das pessoas.
Ao focar na sinergia entre essas áreas, as empresas não só melhoram a experiência do colaborador, mas garantem uma posição competitiva no mercado, reforçando sua capacidade de atrair e reter talentos e de se adaptar rapidamente às mudanças do ambiente de negócios.
A Meta, especialista em transformação e evolução digital, utiliza esses recursos de employee experience para assegurar que a excelência dos seus serviços seja fruto da realização profissional de seus colaboradores e do desempenho das equipes na totalidade. Em paralelo, sempre contando com o suporte das mais novas ferramentas tecnológicas disponíveis atualmente.
Para entender mais a respeito do papel da área de recursos humanos nesse contexto, confira também mais um artigo sobre o tema.