Web Summit Rio 2025

28/04/2025
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Presente desde a primeira edição do Web Summit Rio em 2023, a Meta chega ao Web Summit Rio 2025 para te atualizar sobre o que acontece no principal evento de tecnologia e inovação da América do Sul.

Primeiro dia de Web Summit Rio 2025: inovação, impacto e a era dos agentes digitais conscientes

A inovação como elo entre transformação tecnológica e impacto humano

O Web Summit Rio 2025 consolidou seu espaço entre os grandes eventos globais de tecnologia e inovação. Irmão do Web Summit Lisboa, do Web Summit Qatar em Doha, do antigo Collision em Toronto (atual Web Summit Vancouver) e do RISE em Hong Kong, o evento carioca mostrou sua força ao reunir mais de 34 mil participantes de 102 nacionalidades no Riocentro, zona oeste da cidade.

A missão do Web Summit — criar plataformas que ampliem conexões significativas entre CEOs, fundadores, investidores, políticos e líderes culturais — esteve mais viva do que nunca. Em um ambiente vibrante, as discussões revelaram como tecnologia e inovação seguem transformando mercados, sociedades e experiências humanas.

O crescimento do evento em comparação ao ano anterior é expressivo e cria um ciclo virtuoso: mais oportunidades para quem deseja investir, para quem busca investimento e para a cidade do Rio de Janeiro se consolidar como novo polo de inovação global.

Outro marco de 2025 foi a representatividade: 45% das startups presentes foram fundadas por mulheres, tornando o Web Summit Rio o maior encontro de mulheres empreendedoras da América do Sul e a edição com a mais alta proporção de startups femininas no mundo entre eventos do gênero.

Novidade importante: Rio de Janeiro será sede do Web Summit até 2030

Durante a abertura do Web Summit Rio 2025, foi anunciado que o evento permanecerá na cidade até 2030, após vencer a disputa com São Paulo com um contrato de cinco anos. A conquista reforça o Rio como polo de inovação na América Latina, com impacto econômico estimado em mais de R$ 170 milhões já nesta edição.

Além da renovação, foi lançado o projeto “Rio AI City”, que transformará o Parque Olímpico em um dos maiores hubs de data centers e inteligência artificial do mundo, com capacidade de 1,8 gigawatts até 2027 e previsão de expansão para 3 gigawatts até 2032. O movimento marca o compromisso do Rio em unir grandes eventos e projetos de tecnologia de longo prazo.

A era da hiper relevância emocional

Entre os grandes debates deste ano, a evolução da inteligência artificial ganhou destaque sob uma nova perspectiva: a dos agentes digitais conscientes. A próxima geração de IA — conhecida como Agentic AI — não se limita mais a executar comandos, mas passa a compreender intenções, emoções e contextos humanos.

O conceito de “economia da atenção” dá lugar à economia da intenção: marcas e organizações precisam entender profundamente o que seus consumidores desejam, antes mesmo que eles expressem suas necessidades. Mais do que hiperpersonalização, o futuro exige hiper relevância emocional, com agentes digitais empáticos, éticos e capazes de criar experiências genuínas.

Áreas como psicologia, semiótica e sociologia tornam-se peças-chave para orientar o desenvolvimento de tecnologias que não apenas automatizam, mas humanizam as interações.

Transformação energética: inovação como necessidade

A sustentabilidade também ocupou espaço central nos debates.
Em sessões como a da EDP, ficou claro que a transição energética já não é uma escolha: é uma necessidade urgente. A tecnologia emerge como aliada nesse movimento, viabilizando redes de energia mais inteligentes, processos mais descentralizados e soluções mais sustentáveis.

Iniciativas como o uso de ovelhas para manutenção ambiental em usinas — substituindo a mecanização — ilustram como inovação e preservação ambiental podem caminhar lado a lado, propondo um futuro no qual tecnologia não significa mais industrialização desenfreada, mas reconexão com a natureza.

Tecnologia e meios de pagamento: o Brasil lidera a inovação

Outro tema que chamou atenção foi o avanço das tecnologias de pagamento.
O Brasil, que já é referência mundial com o Pix, agora avança com o Pix Biométrico, que promete tornar as transações ainda mais seguras e fluidas. A inovação em meios de pagamento não é apenas tecnológica: é social, promovendo inclusão, acessibilidade e novas oportunidades econômicas.

Este movimento coloca o país na vanguarda da inovação financeira, abrindo caminhos para novos modelos de negócio que priorizam agilidade, segurança e experiência do usuário.

Comunicação como estratégia para a nova era digital

Se houve um consenso entre os painéis, foi o reconhecimento de que comunicação se tornou a chave da transformação digital.
Do marketing para startups às estratégias globais de branding, as mensagens precisam ser personalizadas, intencionais e culturalmente conectadas.

Campanhas genéricas dão lugar a abordagens que falam a língua, os valores e as emoções de seus públicos. No B2B, o movimento também é visível: humanizar as relações entre empresas já não é diferencial, é requisito para criar conexões sólidas e duradouras.

Segundo dia de Web Summit Rio 2025: transformação profunda, inteligência aumentada e a urgência da alfabetização digital

Mindset de inovação: o maior desafio é humano

O segundo dia do Web Summit Rio 2025 reforçou que a inovação contemporânea deixou de ser uma barreira tecnológica — hoje, ela é uma questão de mentalidade. Com a tecnologia mais acessível do que nunca, o verdadeiro diferencial está em como identificamos problemas reais da sociedade e usamos nossas habilidades humanas para conectar esses desafios às soluções tecnológicas.

A transformação precisa ser dupla: reinventar o presente e construir o futuro ao mesmo tempo. Programas de desenvolvimento humano, olhar para o legado das empresas e adaptação de novos skills são essenciais para impulsionar mudanças mais disruptivas, focadas em gerar impacto positivo — seja econômico, social ou ambiental.
A inovação precisa ser pensada estrategicamente, sempre alinhada ao propósito, valores e posicionamento de cada organização.

Transformação no core: inovação para fortalecer o negócio

Outro ponto de destaque foi a dificuldade de inovar em negócios consolidados. Diferente de startups, onde o risco é parte do dia a dia, grandes organizações precisam encontrar um equilíbrio entre proteger seus resultados atuais e preparar o futuro.

Inovar no core não é apenas lançar novas frentes de negócios: é garantir que a inovação gere impacto direto nas linhas de receita e resultados. Tendências como a ascensão da Gen AI foram apresentadas como forças capazes de transformar radicalmente os modelos de operação atuais — maior até do que a revolução da internet.

A era da inteligência aumentada

Em uma masterclass sobre transformação em saúde, foi reforçada a importância de entender a IA não como substituta de profissionais, mas como aceleradora de talentos. O conceito de inteligência aumentada se consolida: a IA potencializa capacidades humanas, mas exige que as organizações estejam maduras em seus dados, processos e cultura para extrair valor real.

A democratização do acesso às tecnologias foi apontada como ponto fundamental para permitir que todos, independentemente da área de atuação, possam contribuir para a transformação digital. No final, a mensagem é clara: quem aprender a colaborar com a IA terá mais chances de se destacar; quem resistir, corre o risco de ficar para trás.

Marketing data-driven e times diversos

Ficou evidente que o marketing moderno deixou de ser baseado apenas em criatividade e passou a ser profundamente orientado por dados.
Times de alta performance são construídos com diversidade de pensamento, capacidade analítica e mentalidade de risco calculado — adotando a cultura de dados em todas as decisões.

Valorizar opiniões diferentes e promover um ambiente em que todos se sintam parte ativa da construção de resultados foram destacados como diferenciais competitivos na formação de times de alta performance.

Agentic AI: a nova fronteira da inteligência artificial

O palco principal trouxe discussões de alto impacto sobre o futuro da IA.
A chamada Agentic AI representa a próxima evolução: agentes de inteligência artificial que combinam machine learning, aprendizado de reforço e grandes modelos de linguagem para otimizar processos, raciocinar, tomar decisões e aprender com o contexto.

O conceito de reasoning (raciocínio) torna-se o novo coração da inteligência artificial, permitindo resultados mais inteligentes e precisos.
Modelos pensantes, como os de última geração, conectam-se com a nossa própria capacidade cognitiva, trazendo uma nova era de colaboração entre seres humanos e máquinas.

O impacto vai além do mundo digital: a IA promete acelerar descobertas em meteorologia, biotecnologia, materiais e até mesmo na ciência quântica — um dos focos para este ano, escolhido pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Ano Internacional da Ciência e Tecnologia Quântica.

O futuro da IA será híbrido, combinando computação clássica e quântica, e profundamente colaborativo: tecnologia e expertise humana caminhando lado a lado para moldar novas realidades.

Educação digital: a nova alfabetização do trabalho

A alfabetização digital foi apontada como competência essencial para o futuro do trabalho.
A capacidade de entender, interagir e questionar sistemas de IA será fundamental para garantir decisões éticas, justas e responsáveis.

A transformação não é apenas técnica, mas cultural: a construção de um mercado de trabalho mais preparado exige investimento em formação, transparência e pensamento crítico desde já.

Terceiro dia de Web Summit Rio 2025: criatividade como vantagem competitiva, governança de IA e o valor do invisível

O terceiro e último dia de Web Summit Rio 2025 ampliou o debate sobre inteligência artificial, agora com foco na aplicação prática, nas responsabilidades envolvidas e nas oportunidades ainda inexploradas. A tecnologia, que já se mostrou emocionalmente relevante e operacionalmente poderosa, passa a exigir um novo nível de maturidade: o da consciência e da estrutura.

Governança de IA: entre a vantagem e o risco

A inteligência artificial avança — e com ela, cresce também a responsabilidade. Se nos primeiros dias falou-se sobre experiências empáticas e IA colaborativa, hoje o destaque foi para a importância da governança como pilar estratégico. A tecnologia, quando usada sem supervisão ou clareza, pode expor dados sensíveis, amplificar vieses e automatizar decisões com consequências imprevisíveis.

A discussão evoluiu do potencial ao risco. Alucinações dos modelos, casos de phishing alimentados por IA generativa e automações sem validação evidenciam um ponto central: sem testes, monitoramento e diretrizes claras, a IA deixa de ser solução e passa a ser vulnerabilidade. A maturidade digital, portanto, passa por estruturar a inteligência artificial com ética, controle e intencionalidade.

IA como desbloqueadora de valor oculto

Ao mesmo tempo em que exige mais responsabilidade, a IA também amplia o alcance daquilo que empresas conseguem ver, analisar e transformar. O conceito de inteligência aumentada ganhou nova perspectiva: não apenas como potencializadora de talentos, mas como desbloqueadora de ativos que antes estavam ocultos — dados mal aproveitados, processos ineficientes, insights difíceis de gerar.

Aplicações práticas apresentadas no evento mostraram a IA atuando em múltiplos cenários: de vendas a atendimento ao cliente, de testes automatizados a previsões de comportamento. O futuro não é apenas sobre o que a IA pode fazer, mas sobre como as pessoas e organizações estarão preparadas para extrair esse valor de forma segura, criativa e eficaz.

Criatividade brasileira e o diferencial humano

Outro ponto que ganhou força foi o papel da criatividade como diferencial competitivo. Em um cenário cada vez mais dominado por tecnologias preditivas, a capacidade humana de imaginar, improvisar e adaptar-se continua sendo insubstituível. A pluralidade cultural, o olhar sensível e a flexibilidade cognitiva se tornaram ativos estratégicos — especialmente em mercados em que personalização, empatia e relevância são essenciais.

O desafio agora é transformar esse potencial em prática: criar ambientes que estimulem a experimentação, formar profissionais para novos formatos de trabalho e conectar talento criativo a estruturas tecnológicas que possibilitem inovação com impacto real.

O que o Web Summit Rio 2025 nos ensina

O Web Summit Rio 2025 é mais do que um encontro de tecnologia — é um convite à reflexão sobre o papel humano na era digital. A principal lição que se desenha ao longo do evento é clara: inovar é, acima de tudo, humanizar.

Dos debates sobre inteligência artificial à transformação energética, das novas estratégias de comunicação ao futuro do trabalho, o que se destaca é que a tecnologia mais poderosa é aquela que amplifica a empatia, a intenção e o impacto positivo.

A verdadeira transformação acontece quando unimos máquinas inteligentes a pessoas preparadas, conscientes e engajadas. Não basta automatizar — é preciso fortalecer a capacidade humana de sonhar, criar e transformar com propósito e responsabilidade.

O futuro está sendo construído agora — não apenas por avanços tecnológicos, mas por relações mais humanas, sustentáveis e colaborativas.

No Web Summit Rio 2025, fica cada vez mais evidente: o amanhã pertence a quem ousa aprender, evoluir e construir com intenção.

A inovação exige escolhas conscientes. Com a inteligência artificial cada vez mais presente, crescem também as responsabilidades: aplicar com ética, supervisionar com rigor e garantir segurança. O terceiro dia do evento mostrou que, sem governança, a IA pode gerar riscos tão grandes quanto suas promessas.

Ao mesmo tempo, a tecnologia revelou seu poder de desbloquear valor oculto e ampliar capacidades humanas. Neste cenário, a criatividade brasileira se destacou como diferencial competitivo. O Web Summit Rio 2025 reforça: o futuro será definido não apenas pela tecnologia que usamos, mas pelas decisões que tomamos com ela.

O evento volta ao Rio de Janeiro em junho de 2026.

Cobertura da Meta no Web Summit 2025

Quer relembrar como foram os últimos dois anos? Confira aqui a cobertura da edição do Web Summit Rio 2023 e Web Summit Rio 2024.

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