SaaS: o que é Software as a Service

29/06/2022
SaaS - Software as a Service. O Que é?

SaaS, o que significa?

 Desenvolver soluções de software como serviço é mais que uma tendência no mercado de TI. Em 2003, Marc Benioff, cofundador e co-CEO da Salesforce, declarou que o avanço e desenvolvimento da internet implicaria numa mudança radical em relação ao tradicional modelo de negócio da indústria de programação. Naquele mesmo ano, e quase duas décadas atrás, a empresa de computação em nuvem de São Francisco, Califórnia, obteve mais de US$ 52 milhões em faturamento. 

Desde então, a tecnologia transformou-se em uma ferramenta para a evolução de organizações inteiras e, também, um serviço. E o melhor: para desfrutar esta ampla gama de facilidades, basta estar conectado à rede mundial de computadores. 

Mas, o que é SaaS? Os sistemas SaaS representam a evolução dos softwares ao passo em que as organizações notam que os seus líderes e colaboradores podem executar as suas atividades de forma mais assertiva, ampliando o uso de soluções que se encontram em ambientes virtuais. O SaaS pode ser acessado de qualquer lugar, logo, se uma empresa precisar que suas lideranças atuem em zonas geográficas diferentes, a inserção de dados e informações em sistema torna-se mais rápida e segura. 

Devido ao avanço desta tecnologia de computação em nuvem, é possível ser livre da necessidade de instalar programas pesados em dispositivos portáteis que rapidamente tornam-se obsoletos. Assim, o trabalho corporativo se torna mais produtivo, pois agiliza os negócios e, ao mesmo tempo, gera liberdade de ação (em atividades de aquisição e venda, por exemplo), com mais mobilidade para os executivos e seus colaboradores. 

Esta é uma das principais características SaaS com relação aos benefícios da tecnologia: ela é capaz de otimizar os ativos empresariais, sejam estes de caráter estratégico, produtivo ou operacional. Por meio do SaaS, as organizações vêm abandonando a dependência das licenças de uso próprias do shelfware (que muitas vezes são adquiridas, mas nunca utilizadas).

O modelo de desenvolvimento e distribuição de produtos SaaS permite a customização de soluções de forma mais aberta e transparente, junto aos clientes. A ideia de um “sistema fechado”, sem a possibilidade de adequação às necessidades específicas de cada cliente, é “coisa do passado”. Além disso, as soluções SaaS passam por criteriosas metodologias de otimização, para assegurar a melhor performance possível com a tecnologia que se possui. 

Tudo isso para criar aplicações que sejam extremamente eficientes e amplamente acessíveis para sua utilização. Em outras palavras, com o SaaS baseado em cloud computing, as empresas podem implementar os seus modelos de negócios contando com uma tecnologia simplificada em seu uso.

“As soluções de Software as a Service (SaaS) estão disponíveis para uma ampla gama de mercados e segmentos. Setores financeiros e de varejo já se beneficiaram e reconhecem as vantagens do SaaS. Em pouco tempo, todos os outros setores avançarão na incorporação deste serviço em suas estratégias de negócios e operações, incluindo o agronegócio”, avalia Marcio Flôres, Head de Corporate Venture Capital da Meta (Meta Ventures).

Por esses e mais motivos, o Software as a Service é o que há de mais avançado em tecnologias desenvolvidas para a Cloud ou nuvem.

Como funciona o SaaS.

Para entender o conceito de SaaS, deve-se compreender de maneira mais profunda o conceito por trás da computação em nuvem. Para muitas pessoas, ainda causa certa estranheza pensar que as suas informações circulam “em nuvens” de dados, como se a Cloud Computing fosse um ambiente digital de computação e armazenamento abstrato demais para ser compreendido. Por outro lado, executivos e líderes vinculados aos negócios digitais conhecem bem o que o SaaS oferece como solução para o futuro corporativo.

A nuvem pode ser definida como um conjunto de servidores e unidades de armazenamento de dados que, fisicamente, encontram-se alojados em data centers. As informações contidas nestes ambientes virtuais tornam-se acessíveis aos usuários (sejam pessoas físicas ou jurídicas) por meio dos provedores de serviço de internet.

Uma das mais importantes características da computação em nuvem é a grande quantidade de recursos destinados ao armazenamento e processamento de dados. Ao acessar um provedor de serviços de nuvem para utilizar soluções, como as de Microsoft SaaS Services, iniciam-se processos que estabelecem o acionamento de determinado número de máquinas virtuais (Virtual Machines ou VMs) e vínculo à quantidade de terabytes de armazenamento que se necessite contratar.

Outra característica relevante da nuvem é a que diz respeito à rápida escalabilidade. Em um exemplo hipotético por meio de aplicações SaaS, uma empresa de streaming pode perfeitamente destinar recursos tecnológicos para atender a uma alta demanda por seus serviços em um final de semana específico. Para as empresas de SaaS, a escalabilidade representa um grande avanço no modelo de negócios do software, pois os serviços disponibilizados podem ser customizados de acordo com as necessidades imediatas dos clientes corporativos.

Vale destacar o atributo complementar da escalabilidade do SaaS, que se refere à testagem e prototipagem. Ao iniciar o teste de múltiplos ambientes na nuvem (antes de um grande release ou liberação de software) e liberar estes recursos no fim do ciclo de QA (Quality Assurance), uma companhia consegue reduzir custos de testagem e incrementar a qualidade do software desenvolvido. E mais: este modelo de Agility (criação de múltiplos ambientes para teste) permite acelerar uma série de implementações desenvolvidas pelas equipes de DevOps.

Com relação aos custos de aquisição, a tecnologia SaaS se traduz em redução de custos à medida que as empresas diminuem significativamente o montante investido para a configuração de uma infraestrutura operacional inicial.

SaaS – Software as a Service: exemplos de uso da tecnologia

Um caso emblemático entre exemplos de SaaS aplicado ao mundo corporativo é o que sucedeu entre Facebook e Instagram. Em 2012, a já gigantesca rede social adquiriu a então plataforma de postagem de fotos por US$ 1 bilhão. Naquele momento, o Instagram contava com uma equipe de 13 colaboradores e com aproximadamente 100 servidores operacionais na AWS. A startup desembolsava um pequeno capital mensal para a manutenção de um reduzido número de dispositivos tecnológicos. Para desenvolver o seu negócio, o Instagram fez uso de soluções em nuvem e isto lhe proporcionou uma considerável redução de custos na compra de servidores físicos para armazenamento de dados.

Além disso, a computação em nuvem e a aplicação de soluções SaaS em seu negócio, permitiu ao IG concentrar em plataforma digital mais de 30 milhões de usuários que compõem, até hoje, uma das maiores comunidades on-line do planeta e com potencial de crescimento exponencial para negócios em seu marketplace.

Modelo Cloud para SaaS

Em 2011, o National Institute of Standards and Technology (NIST) dos Estados Unidos indicava que (em tradução livre) “a computação em nuvem é um modelo que permite o acesso ‘omnipresente’, conveniente e via requisição a uma rede partilhada de recursos informáticos configuráveis (sejam estes: redes, servidores, armazenamento, aplicações e serviços) que podem ser rapidamente fornecidos e liberados, com um esforço mínimo de gestão ou interação com o provedor de serviços.” 

Sendo assim, a nuvem oferece três modelos de serviços: IaaS, PaaS e SaaS e todos eles compartilham as cinco principais características da Cloud Computing, independente de custos de aquisição da solução:

  • Autosserviço sob demanda: a maioria dos serviços em nuvem fornecerá painéis de administração, onde o próprio utilizador final pode adicionar ou remover tarefas sem a intervenção de uma pessoa de apoio técnico;
  • Amplo acesso à rede, geralmente através da internet, mas também com apoio de links de fibra dedicados (conhecidos como “conexão direta”);
  • Agrupamento de recursos, por meio de técnicas de virtualização e partição;
  • Rápida “elasticidade”: a adição ou remoção de recursos computacionais pode ser feita de forma dinâmica ou em questão de segundos;
  • Fornecimento de um serviço mensurável, com um modelo de pagamento por “ordem de chegada”.

Ao descrever de maneira simplificada o que é SaaS, PaaS e IaaS, podemos dizer que:

  • Software as a Service (SaaS) é uma aplicação projetada para que os usuários finais desenvolvam tarefas específicas, fornecida através da web.

Do outro lado, a Plataforma como Serviço (PaaS) é um conjunto de ferramentas e serviços projetados para tornar a codificação e a implantação de aplicações SaaS mais rápidas e eficientes.

Já a Infraestrutura como Serviço (ou IaaS) é o hardware e software “subjacente” ao processamento e armazenamento de computadores – servidores, SANs, redes, sistemas operacionais, etc.

Vale reforçar que os modelos de serviço IaaS, PaaS e SaaS apresentam níveis distintos de abstração (diferentemente do hardware físico) e diferem no que é controlável e no que se administra via sistemas.

Dessa forma, estes modelos obedecem às soluções conhecidas como “as a Service”, apresentando um serviço customizado e utilizável a cada cliente, seja ele um usuário de aplicação, um desenvolvedor de software, ou um administrador de sistemas de TI.

 Ampliando a atuação no digital

Uma outra definição de SaaS indica que o serviço se trata de uma “capacidade” oferecida ao cliente para utilizar as aplicações de um fornecedor de tecnologia que funcionam em uma base ou infraestrutura de nuvem. As aplicações permanecem acessíveis a partir de vários dispositivos do usuário e por uma interface previamente acordada, como um navegador web (ou, por exemplo, um e-mail baseado na web), bem como uma interface de programa ou software.

No SaaS, podemos encontrar as seguintes características que também correspondem às da nuvem:

  • Acesso por meio de uma rede;
  • Agrupamento de recursos, com pouco controle do usuário final sobre a infraestrutura;
  • Modelo on-demand e de “self-service” tecnológico.

O uso de SaaS ganha sentido quando a versão “padrão” de uma aplicação ou solução atende às necessidades das organizações que atuam como “tenants” ou “inquilinos”.

O Software as a Service também se torna uma boa opção de implementação quando há extensos requisitos de mobilidade a serem atendidos ou, também, muitas interações com parceiros terceirizados, se forem envolvidos em processos de desenvolvimento. 

Nestes casos, ao implantar o SaaS, uma organização pode se despreocupar com a construção e estabelecimento de redes de distribuição de conteúdo complexas . Em outras palavras, esta ação específica tende a “impulsionar” a rede do provedor de soluções SaaS.

O SaaS no Brasil está em movimento de expansão e já é considerado uma ferramenta tecnológica de grande importância para transformar o ambiente de negócios local.

Software as a Service: modelos para redução de custos operacionais

A utilização de serviços na nuvem leva as empresas a (re)pensarem os seus custos, pois introduz políticas de alocação de recursos baseadas na aplicação e demanda pela tecnologia da Cloud. A escalabilidade e alto nível de “modularidade” são os principais facilitadores no momento de escolher entre uma variedade de preços e modelos de SaaS disponíveis para contratação.

O SaaS é tanto uma solução quanto um modelo de negócios, definido segundo a arquitetura de software previamente estabelecida e sempre de acordo com as características principais que devem compor uma estratégia de negócios. Outra descrição ilustra o Software as a Service como uma aplicação configurável, escalável e virtual, passível de estimular a redução de custos pelo modelo de “multitenancy”.

Neste sentido, a lógica de faturamento da tecnologia SaaS se distancia daquela que regia a tradicional indústria do software. Pode-se dizer que o SaaS remete à ideia de uma assinatura e seu pagamento está de acordo com o aproveitamento ou a aplicação de seus benefícios.

A crescente diversidade de modelos de SaaS exerce impacto direto no desenvolvimento do item requerido (incluindo a arquitetura e o projeto em si). Enquanto os produtos tradicionais de software podem ter seu valor determinado na fase final de criação, o preço do SaaS deve ser considerado na fase inicial do projeto.

Para exemplificar a ideia, imagine um modelo de precificação por uso de SaaS, cujo projeto é financiado por anúncios em um grande site de buscas. Neste caso, a integração de anúncios no front-end do software tem que ser projetada com a antecedência suficiente para permitir a monetização das atividades. 

Exemplos mais comuns desse modelo de negócios digital incluem a incorporação das métricas de uso do software. Em alguns casos, há incidência direta no valor investido devido ao desenvolvimento correspondente à arquitetura da solução projetada.

Como benefício imediato, as organizações ganham transparência em relação aos seus investimentos em tecnologia. 

SaaS: ferramenta para maturidade digital

Para especialistas em TI, a maturidade de um modelo SaaS como solução corporativa pode ser alcançada de forma gradativa. Ou seja, para atingir o protótipo ideal de software SaaS, depende-se do nível das características da arquitetura desenhada (e do seu desenvolvimento), além da estrutura e aspectos do negócio, abordados simultaneamente. 

São consideradas soluções SaaS com arquitetura madura aquelas chamadas de escaláveis, com aplicações customizáveis e que se caracterizam por serem multitenants. Neste sentido, deve-se esclarecer que diferentes componentes podem estar em diferentes níveis de maturidade. Por este motivo, há a possibilidade de aumento na abrangência e complexidade das soluções SaaS.

Para auxiliar as companhias e organizações em seus processos de implementação de SaaS no Brasil, proporcionando a conquista de sua plena transformação digital, a Meta conta com equipes e a expertise de profissionais multidisciplinares.

“Na Meta, utilizamos a tecnologia para que as empresas executem as suas estratégias de negócios com a garantia de que todos os seus processos e operações estão integrados. Por exemplo: as soluções implementadas permitem que as companhias possam integrar os seus sistemas legados (parte do seu Core Business) às mais inovadoras soluções tecnológicas (como as abrigadas em nuvem)”, indica Eliane Serrano, Head de Plataformas de Gestão da Meta.

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