Investimentos em tecnologia contribui para redução de custos

29/11/2021
Redução de custos nas empresas e Transformação Digital

Sobre o que é redução de custos

Em suas práticas de redução de custos, parte das organizações frequentemente atravessa os seus limites de cortes e, desta forma, se distancia de suas estratégias ideais de crescimento sustentável de médio e longo prazo. Por outro lado, as companhias esperam para agir até o momento em que se deparam com situações-limite e acabam por tomar decisões precipitadas que impactam diretamente o futuro corporativo.

Reduzir custos excede às medidas de diminuição de mão de obra e aquisição de matéria-prima em favor de uma lucratividade maior. Essa ideia ultrapassada deu lugar ao conceito de ‘Gestão de Custos’, em que a lucratividade passa pelas otimizações no gerenciamento da produção e no incremento de instrumentos que potencializam as carreiras dos colaboradores.

É importante estabelecer essa abordagem conforme as empresas implementam processos de Transformação Digital, principalmente quando estas desejam fazer frente aos novos desafios propostos pelo rápido avanço tecnológico. 

As novas estratégias de Gestão de Custos, aplicáveis a qualquer negócio e aliadas à tecnologia, devem ser implementadas para ajudar os mercados em seus processos de retomada econômica. Garante-se, desta forma, o crescimento constante das organizações em ambientes cada vez mais desafiadores no âmbito dos negócios digitais.

Como reduzir custos em uma empresa

Para alcançar um corte de despesas operacionais relevante, um primeiro passo a ser dado passa pelas estratégias de redução de custos focadas na qualidade dos produtos. Ao aplicar instrumentos com características de inspeção, chega-se a determinar de maneira objetiva o papel dos insumos na cadeia produtiva e o que pode ser ‘cortado’ para aumentar o lucro sobre uma operação.

Ao se pensar em ‘gastos’ nas empresas, é preponderante que haja vínculo direto entre os custos e a estratégia (geralmente de médio e longo prazo). Saber quais são os pontos fortes e dar atenção àqueles que necessitam de melhorias significa dar seguimento às atividades da organização.

Além disso, cabe às equipes gerenciais o papel de decifrar quais reduções podem significar vantagem competitiva e quais não.

Serão essas ações as que estabelecerão as bases para um aumento da efetividade nos processos e uma produtividade sadia em um mundo onde as formas de produção, distribuição e consumo se tornam cada vez mais complexas. 

Para auxiliar as empresas, há uma série de ferramentas tecnológicas que podem ajudar uma instituição em suas novas jornadas de gerenciamento de recursos.

Redução de custos na linha de produção

Organizações líderes de segmento consideram o Gerenciamento de Custos parte primordial para o estabelecimento de suas estratégias de Business Process Management. Nestes casos, os cortes são vistos como o ‘combustível’ necessário para inovadoras ações corporativas.

Em 1991, quando assumiu a Frito-Lay (da Pepsico), Roger Enrico desenvolveu uma metodologia inovadora para marcar presença direta no mercado. Por meio do corte de 40% de custos gerais e administrativos (US$ 100 milhões), foram reinvestidos recursos para entrega (delivery), desenvolvimento de novos produtos e ações de inovação. A demissão de 1.800 profissionais das áreas de gerenciamento e de produção gerou dúvidas sobre a continuidade da companhia como produtora de alimentos. No entanto, a ousada tomada de decisão (em um tempo de incipiente tecnologia aplicada aos negócios, pelo menos como a que conhecemos hoje) permitiu remover uma série de práticas gerenciais desnecessárias que impediam o desenvolvimento de alta efetividade e responsividade da subsidiária. Em 2017, as marcas da Frito-Lay representavam um valor de mercado de mais de US$ 1 bilhão para a corporação Pepsico.

Esse é um caso que demonstra que a redução de custos em produção não necessariamente deve representar um decaimento na qualidade de produtos e serviços. A chave para a redução de custos que gera valor está atrelada à visão estratégica dos gestores!

Sobre a redução de custos operacionais

Aplicar políticas de cortes de custos implica diferenciar o que são custos positivos e negativos em contextos empresariais. Como custos positivos podemos destacar aqueles que permitem às organizações levarem adiante as suas estratégias para alcançar novos mercados. Os custos de caráter positivo permitem que as empresas possam se destacar em relação aos seus competidores.

Entretanto, também é válido mencionar aqueles custos que fazem referência às capacidades de criar ou incrementar aquilo que se conhece como o ‘valor único para os consumidores’, ou seja, o valor onde estaria concentrada a razão de existir das companhias: atender o melhor possível a todos os seus clientes.

Empresas de tecnologia são extremamente hábeis ao lidar com esse conceito para gerar novas e elaboradas experiências com produtos direcionados a seus consumidores. Historicamente, as ‘tecnológicas’ ou techs realizam ostensivos cortes de custos em suas operações para que seus clientes possam reconhecê-las como organizações ‘disruptivas’ e inovadoras. Para empresas como as FAANG (Facebook, Amazon, Apple, Netflix e Google), vale a máxima de que, às vezes, vale a pena ‘dar um passo para trás’ (para repensar estratégias) para logo saltar em direção ao futuro dos negócios. 

Tecnologias e ideias para economizar

Por meio da potencialização dos recursos tecnológicos (adquiridos ou por adquirir), tornou-se mais simples ganhar destaque sobre os concorrentes que compõem as redes empresariais. Devido às inovadoras ferramentas de Automação, o processamento e a execução de tarefas desgastantes e repetitivas tornaram-se mais precisos e eficientes. Nos últimos anos, esse fenômeno gerou aumento de competitividade e economia de recursos (insumos e tempo) em todos os mercados e setores.

Por exemplo: ferramentas de Robotização são implementadas na fabricação de veículos automotores (carros, caminhões, maquinário agrícola e motocicletas). Ainda mais digitais, os serviços de RPA (Robotic Process Automomation) são capazes de lidar com processos administrativos, bancários e financeiros por meio de serviços de ‘bots’ ou robôs.

Pouco a pouco, o termo ‘redução de custos’ se transforma para se aproximar da ‘otimização de recursos’, especialmente de tempo e utilização da mão de obra em contextos laborais. Sob este aspecto, os cortes de custos tendem a ressignificar as sinergias que todas as áreas de um negócio devem canalizar em prol da continuação dos negócios.

Projetos de Transformação Digital, mediante aquisição de um Mindset voltado ao tecnológico, são um possível ponto inicial para empresas que desejam iniciar processos de redução de custos com características de sustentabilidade organizacional.

Afinal, a tecnologia e os métodos de agilidade existem para acelerar a participação das empresas em mercados extremamente competitivos para atender às mais diversas demandas dos novos consumidores, agora, muito mais digitalizados. 

Tomada de ações com vistas à redução de custos na empresa

Estabelecer metodologias para redução de custos pode ser a base para iniciar uma jornada que tenha por finalidade o crescimento das atividades operativas. Disciplina e foco são determinantes para que lideranças e colaboradores levem adiante as estratégias que permitirão às empresas ganhar um posicionamento destacável nos negócios (analógicos ou digitais).

Além disso, na trilha da tomada de ações estratégicas para otimizar recursos advindos de cortes, deve-se considerar realizar a ‘ponte’ entre a redução de custos e estratégia. Em definitiva, os cortes ou as reduções devem servir como oportunidades de canalizar investimentos para fortalecer as instituições empresariais. 

Outra importante ação a ser tomada deve conectar budgets ou orçamentos às prioridades estratégicas. Deve-se lembrar que se o capital de investimento não se reflete nas prioridades, haverá poucas possibilidades para executar a ‘visão’ do negócio.

Por último, é interessante repensar os custos em termos dos valores destinados aos instrumentos de produção (maquinário, por exemplo) e aos colaboradores. Em muitas empresas, os investimentos realizados nestas áreas se escondem no ‘orçamento funcional’ da companhia. Desvincular ambos os orçamentos permite observar de maneira estratégica as implicações inerentes aos padrões de gastos corporativos. Desta maneira, fica mais claro onde uma organização deve reduzir custos para reinvesti-los em outros setores. 

Redução de custos e processos: consequências organizacionais 

A atividade de reduzir custos deve ser estabelecida como um plano gerencial de caráter sustentável. Implementar sistemas digitais e tecnológicos que carreguem a ‘transparência dos gastos’ alavanca um Mindset inclinado ao digital que determinará o crescimento e a duração dos projetos das companhias.

Para empresas que implementaram a popular ‘mentalidade de dono’, a plena consciência dos custos operacionais tende a se transformar em uma capacidade a mais da organização, tornando-se um Mindset compartilhado e que gera espírito de equipe em prol de desenvolvimento pessoal (especialmente para novas lideranças). É neste contexto que a redução de custos pode ganhar aspectos positivos. Os investimentos são (re)endereçados à inovação e à aquisição de eficientes ferramentas de trabalho. 

Economia e investimentos em tecnologia

Reinvestir estrategicamente recursos para abastecer setores de tecnologia deve ser prioridade para empresas que desejam se transformar digitalmente.

Destinar capital para implementação e manutenção de soluções on-premise sequer é uma alternativa para empresas ‘digitalmente amadurecidas’.

Para se tornar um Digital Business relevante, é necessário contar com os melhores profissionais do mercado que entendam o que é de fato ter um Mindset Digital orientado ao Data Driven.

O mundo já se transformou: ele é mais digital e mais demandante por novas soluções.

Para as organizações que alinharem redução de custos à inovação tecnológica (ao mesmo tempo em que cobrem os vazios entre estratégia e execução), o futuro é muito mais que promissor.

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