“Se é para falar de inserção de mulheres na tecnologia, mulheres diversas, eu já levanto a mão e já quero fazer parte do papo”. Foi assim que Simara (Mara) Conceição iniciou o primeiro videocast da Meta – novo formato de conteúdo da companhia. Desenvolvedora, criadora do podcast e canal “Quero Ser Dev” e professora na ONG Reprograma, Mara foi a primeira convidada do videocast, em uma edição especial da iniciativa Meta #WomenInTech. Junto com ela estiveram a COO e a CMO da Meta, Ana Carla Martins e Tássia Skolaude, respectivamente, falando sobre “Mulheres, Carreira e Tecnologia”.
Na transmissão realizada no dia 10 de março, Mara contou como sua migração de carreira aconteceu. Começando pelo telemarketing, passando pelo empreendedorismo – nessa parte, conta ela, com muitas tentativas falhas – e chegando ao marketing digital, ela abriu uma pequena agência e uma de suas atribuições era ser mentora do tema em um curso, no qual ela também era aluna de programação. Ela se interessou pelo aprendizado visando economizar, já que aprenderia a fazer coisas da sua rotina sem precisar contratar terceiros. Com isso, Mara entrou no mundo digital e passou o ano de 2019 imergindo na tecnologia para aprender cada vez mais desse mercado. Ainda assim, não deixou seu negócio.
“Aí chegou o fatídico momento que foi 2020. Chegou a pandemia e todo mundo começou a se questionar ‘o que vai acontecer?’ e eu tomei a decisão de virar a chave. Eu era uma pequena empreendedora de clientes que eram pequenos também e todos estavam muito assustados no mercado. Então decidi usar a cartinha que eu tinha na manga, que eram aqueles cursos de programação. Continuei estudando e aplicando para vagas. Consegui virar Dev, comecei a contar essa história no canal e estamos aqui”, contou Mara sobre sua grande migração de carreira.
Formada em Matemática e com mais de 25 anos de experiência, Ana Carla explicou sobre as diversas carreiras na tecnologia, as diferenças entre elas e alguns caminhos possíveis para se seguir. Desenvolvedor, Agilista, UX, CX, Arquitetura e Engenharia de Dados foram algumas posições citadas que têm alta demanda e são boas opções para quem busca migrar profissionalmente. Dentro da transformação digital (DX) o fator mais importante são as pessoas e, por isso, é essencial entender sobre comportamento para realizar uma boa entrega.
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A conversa ainda contou com várias dicas sobre inserção no mercado. Há o cenário de um aprendizado mais rápido, pensando em pessoas que querem mudar de profissão e aí algumas opções seriam os bootcamps e as ONGs. Para aqueles que estão saindo do colégio, o ideal é a escolha de cursos na faculdade que se encaixem com perfil de tecnologia, como Ciência da Computação, Tecnologia da Informação e Análise e Desenvolvimento de Sistemas, mas nada impede de realizar os programas citados para aprendizado rápido, já que a parte acadêmica proporciona mais teoria e é sempre bom experimentar a prática em conjunto. Inclusive a Meta tem a iniciativa Meta League que apoia novos e futuros profissionais de TI.
Outro tema debatido entre as mulheres da mesa foram as famosas soft skills, habilidades comportamentais referentes ao modo de lidar com os outros e consigo mesmo em diferentes contextos. Ainda que seja um tema muito relevante, existe certa negligência ao falar sobre ele e, em virtude disso, foi um alvo certeiro durante o evento. As habilidades que apareceram na conversa foram: comprometimento, vontade de aprender, iniciativa, relacionamento interpessoal, comunicação efetiva e curiosidade. Além disso, o temido inglês também foi abordado. Hoje, a importância do segundo idioma é indiscutível, mas para quem está começando e ainda não tem essa base, isso não significa o fim. É aconselhável que se tenha, mas não é um impeditivo. Existem recursos, como os tradutores online, que ajudam os iniciantes em seus primeiros passos. O investimento em um curso de inglês pode vir depois de se estabelecer e começar a ganhar uma renda. O importante mesmo é começar.
Muitas dicas para iniciantes da tecnologia, mas e mulheres em cargos de liderança? Ana Carla trouxe o dado de que mulheres em cargos mais altos ainda é um caminho a ser conquistado, mas que em tecnologia esse número é ainda mais baixo. Ela explicou que essa diferença se deve ao fato de que elas precisam sempre provar que são capazes, um mito que foi e ainda é tão pregado que se enraizou. E não, mulheres não precisam provar nada e nem mudarem seus estilos para conquistarem seus espaços. As empresas precisam entender a importância da diversidade dentro de seus times e que a liderança feminina é fundamental para o contínuo crescimento do negócio.
Para fechar, a mesa respondeu aos questionamentos do público, como a grande dúvida “É necessário saber matemática para entrar no mercado digital?” Mas para descobrir essa resposta e saber sobre tantos outros assuntos tratados no videocast, acesse agora o vídeo na íntegra e divirta-se enquanto aprende muito com essas grandes mulheres de TI: