O que é maturidade digital
O aproveitamento otimizado das novas tecnologias digitais e a sua utilização em todos os setores (cada vez mais virtualizados) são, hoje, aspectos mais que relevantes na hora de determinar o sucesso de uma organização. Embora muitas companhias venham reforçando e aprimorando os seus processos de transformação digital, existem empresas brasileiras para as quais a maturidade digital ainda é uma incógnita.
“As empresas entendem que o mundo virtualizado não é mais uma opção, e sim uma adaptação necessária. Esse campo virtualizado encontra a sua representação de diferentes formas, desde a jornada de compra de um cliente, como a própria jornada de trabalho de um profissional que atua remoto, por exemplo”, comenta Adriana Tavares, Head de Portfolio e Digital Solutions da Meta.
Estabelecer mudanças culturais, estratégicas e organizacionais que incluem aspectos de governança demanda conhecimentos aprofundados em temas como Business Agility, gerenciamento de processos (de negócios e operacionais) e de tecnologia.
Composição de índices de Maturidade Digital
Os tópicos indicados anteriormente ganham mais destaque com uma pesquisa digital da Mckinsey & Company, concebida através de uma elaborada análise de dados corporativos. Obtiveram-se insights interessantes acerca de componentes, de estratégias e de soluções digitais que determinam o que é a Digital Maturity: um índice de maturidade digital a ser atingido pelas empresas. Trata-se do denominado Quociente Digital, assim descrito pela consultoria de Nova York.
Ao falar a respeito de Maturidade Digital, podemos conversar sobre uma série de ações e processos (de curto, médio e longo prazo) que capacitam uma empresa para, efetivamente, torná-la inovadora e disruptiva. É importante salientar que, cada vez que uma empresa se torna mais complexa, surge também a necessidade de contar com soluções que englobem todos os setores de uma organização.
Neste contexto, contar com parcerias de comprovada expertise facilita a composição dos processos como um todo, o que resultará em uma Maturidade Digital empresarial reconhecidamente sustentável.
Diagnóstico de maturidade digital
O termo “Maturidade Digital” faz referência ao surgimento de um fenômeno que emergiu em conjunto com os negócios digitais e a denominada indústria 4.0. Na esteira da transformação corporativa, a aplicação e a implementação de modernas tecnologias nos negócios de uma empresa está diretamente envolvida com a digitalização e a virtualização, permanecendo uma busca constante por processos e operações empresariais otimizados.
Para se chegar à maturidade digital, é necessário investir na tecnologia e na implementação de soluções. Com isso, o desenvolvimento e a manutenção de atividades em diferentes setores se fortalecerão ao longo do tempo, tanto em aspecto local quanto global.
A virtualização das operações é parte importante da digitalização de empresas atuantes no ambiente online. Entretanto, para se obter sucesso neste processo, deve-se buscar pela integração total das operações e do capital humano nos processos digitais, realizando um diagnóstico recorrente.
Em suma, a tecnologia aplicada em prol da Maturidade Digital estabelece uma relação produtiva entre lideranças, colaboradores e processos que facilitam e melhoram a experiência do cliente com qualquer tipo de produto e serviço.
Maturidade Digital das empresas
Há diversas definições que determinam o que é a Maturidade Digital de valor no âmbito corporativo. As seguintes características servem como indicadores para determinar qual é o estágio de transformação no qual se encontram as empresas digitais:
- Maturidade Digital implica em compreender como as organizações, sistematicamente, se preparam para acolher as mudanças digitais que ocorrem de forma instantânea e recorrente.
- O termo “Maturidade Digital” se relaciona diretamente à definição de “Transformação Digital”, representando um estágio avançado na Gestão da Mudança, além de estar inserido em um processo corporativo muito mais amplo.
- Companhias que investiram em sua Maturidade Digital experimentam, no presente, melhorias substanciais no funcionamento da empresa como um todo. Em vez de diminuírem a sua participação de mercado, aumentaram e garantiram a satisfação dos clientes em relação a suas operações e processos, sendo notórios os casos de sucesso do e-commerce oferecido aos clientes em ambiente virtual.
Estratégias Digitais: consolidação da maturidade das empresas
As estratégias digitais têm relação direta com a disrupção, inovação e os objetivos de negócios. Para a execução de uma estratégia digital eficiente e focada nessas metas, deve-se dedicar recursos nas áreas onde a tecnologia possa realmente transformar a dinâmica corporativa.
Também se faz necessário direcionar o olhar para a gestão da mudança organizacional e para a criação de mecanismos que fornecem flexibilidade para o desenvolvimento dos ajustes necessários em questões de cultura institucional, modelos de negócios e suas operações relacionadas.
As organizações devem se concentrar mais na colaboração transversal do que em seguir sistemas tradicionais de “comando e controle”. Isto porque, na visão de estrategistas digitais, a estrutura organizacional tradicional atrasa a jornada para a transformação digital bem-sucedida.
Finalmente, as equipes multidisciplinares preparam outros colaboradores para que “pensem fora da caixa”, combinando pontos de vista diversos (baseados em diferentes áreas do mundo empresarial) para que, assim, seja aplicado o conhecimento previamente adquirido em novos projetos institucionais.
A mudança de paradigma (do “silo” técnico-cultural para o modelo transversal de colaboração) também estabelece uma base funcional que impulsiona a efetividade operacional, mas também a “tolerância ao risco”. Ao encorajar a experimentação como estratégia digital, os caminhos da inovação e da disrupção podem se despontar de maneira mais sólida.
Liderança na Maturidade Digital
Com a finalidade de alcançar a maturidade digital almejada, a transformação digital leva as lideranças a reavaliar a função e o valor que os dados exercem sobre os seus modelos de negócios. Em artigo publicado em 2012, a influente HBR (Harvard Business Review) indicou que as companhias Data-Driven eram 5% mais produtivas e 6% mais rentáveis que seus concorrentes. Hoje, os dados são vistos como matéria-prima para o desenvolvimento das estratégias empresariais.
Dessa forma, a comunicação, a gestão de recursos humanos, a logística e a produção como um todo se “renovam”, estabelecendo ecossistemas propícios à inovação. Contudo, a tecnologia por si só é insuficiente para desenvolver transações que garantam um aumento nas margens de lucro e um crescimento sustentável.
Uma solução possível se encontra no uso de informações modeladas e customizadas, dado que estabelecem parâmetros otimizados, facilitando a tomada de decisões sobretudo em ambientes altamente voláteis para negócios (ou VUCA environment = Volatile, Uncertain, Complex, Ambiguous).
Os novos negócios digitais demandam abordagens e lideranças que superem os modelos tradicionais de gestão. Afinal, como pontua Adriana Tavares, da Meta, “a tecnologia é uma habilitadora para a sociedade. Redes sociais, lojas online, o home office e outros serviços configuram aspectos cada vez mais indispensáveis ao nosso cotidiano”.
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